Novo Blog: A Luta Pelo Equilíbrio Interior

Faz muito tempo que não escrevo um blog.

Tenho que admitir que me sinto bem com isso. Não porque eu não gosto de me conectar com todos vocês. Mas é mais por parar de preocupar com o que todos pensam. Não tenho postado frequentemente no Instagram e no Twitter como eu fazia antes, mas também me sinto bem em relação a isso. Não porque eu não gosto de compartilhar coisas, mas é porque eu tenho a tendência de me pegar vendo o que todos pensam sobre o que estou fazendo. Aprendi a curtir o momento e as pessoas com quem eu estou ao invés de pensar "Oh, Eu deveria estar mostrando minha vida e o quão maravilhosa ela é a todos" e "eu teria mais seguidores se postasse mais sobre isso" ou "Mais da minha cara que tiver numa foto, mais curtidas vou receber." (Falei sobre isso no meu último blog, mas vou expandir esse assunto um pouco mais hoje.)

Vou dizer agora e depois que gosto de compartilhar momentos, frases, pensamentos (e honestamente penso que é engraçado postar fotos e vídeos de vez em quanto), mas depois me sinto um pouco sobrecarregado. Acho que é por causa da minha natureza de sempre ter sido alguém que gosta de manter as coisas pra si mesmo e ficar longe de atenção.

As pessoas dizem "Bem, você escolheu a carreira errada pra isso, cara". Mas eu não concordo. Todos nós temos obstáculos a encarar. A vida é projetada para nos dar obstáculos que nos impedem de seguir nossos sonhos, que impedem-nos de fazer novas memórias e de ser feliz se escolhermos deixar o medo seguir seu curso em nós e sempre escolher o caminho de menor resistência. Mas a vida é desse jeito, porque a felicidade e a satisfação vêm quando realizamos algo que nós pensamos estar além de nossos limites. Quantos de vocês fizeram algo que não queria, por achar que não conseguiriam, sentindo-se nervosos, e depois sentiram-se bem e satisfeitos por então conseguir realizar algo que pensaram não serem capazes? Isso realmente é assim por alguma razão.

Só porque eu não gosto de atenção que significa que não gosto de cantar. Eu cantaria para todos a todo momento se estivesse fora dos palcos, sem ser notado e ainda daria a todo mundo a experiência de sentirem-se melhor e mais motivado depois disso. Mas eu tenho aceitado o desafio. Encontrei muita alegria em conceder a mim mesmo tempo para meditar e estar ainda em um mundo discreto, mas também encontrei alegria em compartilhar, com o maior número de pessoas possíveis, as coisas que me fazem feliz .

Encontrei um equilíbrio interessante entre essas duas coisas enquanto era um missionário mórmon no Chile por 2 anos de Março de 2012 a Março de 2014. Podia andar nas ruas e conversar com todo o tipo de pessoa que você poderia encontrar: jovens e velhos; saudáveis e pobres, felizes e depressivos e o que mais você puder nomear. Eu amo as pessoas. Amo ouvir suas histórias e compartilhar com eles as coisas que sinto que podem motivá-los a se tornarem melhores. Me senti incrível compartilhando minhas crenças e o que preenche minha alma sem esperar receber nada em troca.

 

Quase ninguém chegou a me reconhecer no Chile pela minha carreira musical, mas eu cantava para qualquer um que encontrava. Muitos deles trabalhavam nas minas de cobre chilenas, enquanto que outros trabalhavam nos campos de frutas. Outros eram professores, estudantes, seguranças, proprietários de pequenas empresas, etc. Eu cantava para pessoas nas ruas, em suas casas ou em seus quintais. Por alguma razão tive algumas das mais gratificantes apresentações da minha vida cantando para 1 ou 2 pessoas ao mesmo tempo, sem aplausos ou fama - E nenhuma maneira de acompanhar os acessos nas redes sociais /curtidas/visualizações. Percebi que a música pode tocar a mim e a eles da mesma maneira se eu tivesse um participação especial em um programa de TV em frente a milhões de pessoas. Por alguma razão, aquele momento de satisfação não está relacionado a números. Está relacionado a aquele momento ser real e honesto, independentemente se está cantando para 1 pessoa ou um milhão. Quer esteja cantando para o presidente dos Estados Unidos ou para a velha viúva no final da rua que vive sozinha, é sobre aquele momento de conexão de pessoa para pessoa, juntamente com essa conexão proveniente de algo maior que eu, algo lá de cima. Certamente acredito que é uma conexão com Deus.

Então sim, é um desafio pra mim, mas não pretendo desistir. Estou tentando encontrar um equilíbrio de viver uma vida que seja significativa pra mim, tanto pessoal (em meu mundo calmo e simples) e na carreira musical (como artista e músico). Cada aspecto envolve 2 princípios. (1) amar as pessoas e (2) manter essa conexão espiritual com Deus.

  

Eu continuo compondo e nas últimas semanas tenho procurado produtores para trabalhar em conjunto. Tenho esperanças de conseguir trabalhar com pessoas que me mantenham focado nas coisas que disse a vocês. Pessoas talentosas que são boas em suas carreiras, mas mantêm o foco nos momentos simples, mas especiais ao invés de buscar a ser "o mais famoso, o maior e o melhor". Para ser honesto é difícil manter esse foco. Você fica tentado a ficar conectado com todos e tudo, porque isso parece divertido. Mas aprendendo com o passado, eu sei o que isso faz e não faz pra mim.

Algum de vocês tem aspirações ou metas conflitantes? Se sim, alguém encontrou uma maneira de descobrir o equilíbrio entre eles para funcionarem? Se não, espero que isso te ajude a pensar duas vezes, e conforme forem fazendo progresso, por favor, compartilhe. Você pode compartilhar por aqui e certifique-se também de compartilhar isso com seus familiares e amigos.

Há uma razão para o contraste de yin e yang encontrar um equilíbrio alegre para criar algo maior do que se estivesse separados. Acredito que esse equilíbrio vem quando encontramos um terreno comum,  objetivos semelhantes e o mesmo propósito. Cabe a você e a mim encontrar um jeito para fazer esse equilíbrio acontecer.

- David

O pokeball vermelho e branco também conta como demostração de equilíbrio? (Tenho que pegar todos eles então)