Ser fã de American Idol é difícil: fato. Assisto desde a 2ª temporada e posso dizer por experiência própria. Já tive vários favoritos, acompanhei a carreira de alguns mais de perto, até já cometi a loucura de viajar aos EUA para conhecer um deles, e te digo: não sei como seria se não houvesse a internet.

Antigamente, nem os CDs de ex-Idols eram lançados por aqui. Nós tínhamos que baixar na internet ou gastar os tubos com taxa de importação e comprar pela Amazon ou rezar por alguma alma caridosa, que vivesse nos EUA, comprasse para a gente. Hoje, nós já vencemos esta barreira: o CD de David Archuleta está disponível em várias lojas online por aqui!

Temos a sorte de este ano os episódios serem transmitidos com apenas quatro dias de diferença, pois já houve um tempo em que eram duas semanas de atraso. Pior ainda: a 2ª temporada passou aqui quando todos já sabiam que Ruben Studdard havia vencido! Imagina! Seria o mesmo que assistir a temporada 7 torcendo para David, já sabendo que Cook venceria. Dava vontade de ter uma máquina do tempo, para poder voltar e votar pelo seu favorito! Isso se a gente pudesse votar, porque a frustração de brasileiro começa aí. É claro que agora existem mecanismos que permitem a votação daqui pela internet (vide Gizmo) e é neste assunto que eu queria chegar.

A internet é nossa salvação. Com ela, a gente consegue acompanhar tudo em tempo real e dá uma sensação de proximidade incrível. Se David posta um blog, aparece em algum programa de rádio ou TV, surge na primeira página de algum jornal, etc., a gente fica sabendo segundos depois. É capaz de, se ele espirrar na rua, ainda dar tempo de mandar um recado pelo myspace dizendo “saúde!”.

Com tanta tecnologia assim, obviamente que os fãs arranjariam algum jeito de trazer os shows mais próximos das pessoas que, por algum motivo, não podem comparecer. Tipo a gente, que mora milhares e milhares de quilômetros de distância. E aí nasceu o nosso querido, amado, idolatrado, “salve-salve” cellcast! Com ele são necessários apenas um celular no local do show e alguém com computador e webcam para fazer a alegria de inúmeros fãs ao redor do mundo. Isso já aconteceu durante os shows do AI e não seria diferente em sua primeira turnê solo.

Ok, admito: nem tudo no cellcast é perfeito. Tem dias que não se ouve nada, a não serem os gritos de fãs histéricas. Às vezes a recepção está tão ruim, que parece que Archie está cantando dentro de um poço ou através de um cano. Houve um show em que eu tive certeza que os aliens tinham invadido o local, tamanho o chiado que vinha pelo som. OMG, é a Guerra dos Mundos! Hahaha! Brincadeira!

Aí, minutos depois do show, abrimos os fansites e o que encontramos? Fotos, vídeos, mp3, recaps... Tudo o que você quiser saber está lá! É impressionante, a gente consegue acompanhar a turnê sentada na frente do PC! É como se estivéssemos lá de verdade! Quer dizer, exceto pelo fato de que nós não estamos vivenciando a energia do local, a agitação de estar numa apresentação ao vivo...

A internet consegue reproduzir com fidelidade qualquer coisa, menos a emoção de estar a centímetros de distância do seu ídolo. Infelizmente (ou melhor, felizmente!) isso é insubstituível.