David Archuleta aprende a conviver com seu "nerd" interior

14:24:00 Unknown 0 Comments

Entrevista para Brian Mansfield do USA Today Idol Chatter

David Archuleta teve um sonho semana passada que realmente o assustou. Ele estava cantando em um evento a céu aberto quando de repente, toda a platéia levantou-se no meio de sua performance e começou a ir embora.

"Não parecia que eles tinham odiado, ou que eu tivesse feito alguma coisa", relembra o cantor de 19 anos. "Apenas me assustou. Foi um dos sonhos mais aterrorizantes que já tive. O fato de todo mundo ter saído: Será que eu estava causando algum tipo de impacto em alguém?"

David espera que The Other Side of Down, que será lançado na terça, cause impacto. Conformado de que seu primeiro álbum em 2008 revelou muito pouco sobre ele -apenas aquilo que ele podia cantar- ele estava determinado de que em seu próximo haveria um toque mais pessoal.

"Esse álbum, é definitivamente mais peculiar", diz David. "É mais um lado mais feliz e cuidadoso do David que o de antes. Existem sempre várias facetas nas pessoas, mas eu quis mostrar dessa vez esse lado mais claro, divertido, e bobo meu".

Mas havia apenas um problema: David estava tão preocupado que não teria nada que valesse a pena dizer, ou que as pessoas não o achassem muito interessante, que ele praticamente bloqueou a sua criatividade.

Em algum nível, The Other Side of Down é o David superando esses medos. O álbum começa com muitas questões pairando sobre a mente dele.

"Há muito o que perguntar", ele diz. "É isso aí"

"Às vezes eu penso que a razão pela qual eu fico preso, é porque eu me pergunto muitas coisas, mais do que posso aguentar. Eu sempre cavo um buraco, indagando o que eu deveria fazer, o que está acontecendo. Às vezes eu preciso parar de pensar e fazer alguma coisa".

Aquele buraco que o David às vezes entra é o ponto central do novo álbum. Muitos de seus fãs ouviram o título do álbum e pensaram "Essa é uma maneira inteligente de dizer, 'Pra cima', mas para muitos a auto descrição peculiar e cuidadosa do álbum, encontra um David começando para baixo - naquele buraco, rodeado destas questões - e com esperança de alcançar o outro lado.

O David eventualmente superou aquele bloqueio, escrevendo mais de 50 canções com mais de uma dúzia de compositores durante o ano que passou trabalhando em The Other Side Of Down. Ao longo do caminho, ele aprendeu a lidar com seu "nerd" interior.

"Eu sei o tipo de pessoa que sou", ele diz. Eu sei que as pessoas olham pra pessoas que causam impressão, pessoas legais e pessoas bem sucedidas. Eu não me encaixo nesse modelo".

"Então como eu posso estar em uma posição onde todos estão olhando para mim? Como eu poderei ter um impacto positivo e causar impressão nas pessoas?"

"Eu poderia tentar ser o legal. Muitos artistas crescem, ganham uma imagem, e aquela total personalidade misteriosa assim. Eu não poderia fazer isso. Eu poderia tentar, mas eu sei que não sou eu. Uma das grandes coisas para mim, é ser honesto comigo mesmo e verdadeiro com as outras pessoas. Se eu fosse tentar criar uma imagem que não reflete o que sou, para parecer apelativo às pessoas, eu ficaria muito desconfortável com isso".

"É como se eu estive lutando comigo: 'David, você não é o legal! E se as pessoas não gostarem de quem você é, porque você não reflete essa imagem? Então eu pensaria 'Nem todos vão gostar de como você é, não importa o que você faça. Alguém sempre vai ter um problema com você'".

"Foi isso que concluí: E se existem pessoas lá fora que são como eu? As quais estão indagando as mesmas coisas que eu, sentindo o mesmo? Eu posso me relacionar com elas!"

Escondida no meio da nona canção em The Other Side of Down, há um verso chave: "Eu poderia ser uma lembrança amanhã", que David canta em Good Place. "Eu poderia não ser nada". É o tipo de letra que alguém familiarizado com a carreira dos finalistas de American Idol, talvez espera que seja escrita, mas para David esses versos são muito mais do que ter um ápice numa carreira "teen" e depois retornar ao anonimato.

"Esse é um dos meus maiores medos, de não significar nada" David diz. "Eu sempre tive medo de ser deixado para trás".

"Mesmo quando eu estava na escola, eu não queria ser deixado para trás. "Era como, 'cara, eu me pergunto se essas crianças vão lembrar de mim em alguns anos, quando o ensino médio terminar? 'Porque as pessoas vão para vários lugares. Será que eu vou causar um impacto? Será que vou influenciar estas crianças, ou vou ser apenas uma criança que passou alguns anos atrás no ensino médio?"

"Eu quero ser capaz de algo memorável, deixando uma grande impressão nas pessoas". "O mais assustador para mim, eu acho, é ser inútil. Não é que eu queira ser lembrado, e ponto. Eu quero ser lembrado por ter feito a coisa certa."
Beijos.

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